domingo, 4 de abril de 2010

Síntese.
a historia de três garotas que por um acaso do destino se conheceram na sétima serie do colegial, e por mais diferentes que podiam parecer, se tornaram melhores amigas, daquelas inseparáveis mesmo, tanto que no terceiro ano do ensino médio resolveram ir morar juntas em uma cidade maior; mas, depois de quatro anos de amizade parece que as coisas não andam muito bem entre elas, o que será que esta acontecendo, será que essa amizade não era tão forte quanto elas pensavam? será que era o fim dessa irmandade?
Apresentações:


Geórgia: uma garota muito calada, super na dela, mais e linda que so vendo, os garotos vivem a dolatrando ate verem que nao conseguir come-la , ai eles param e partem para outra; apesar de quieta, bate boca como ninguém, sempre defende a Maria e eu, acho isso muito lindo da parte dela! Geórgia, apesar de não admitir, não consegue fazer as coisas sem a gente, há, e ela também nunca pede ajuda, por isso sempre a ajudamos sem esperar ela pedir.



Maria: acho que nunca conhece uma pessoa tão meiga como ela, sempre sorrindo, alegre, que as vezes chega a irritar, émuito simpática e preocupada com todo mundo, ela sempre nos enche de perguntas pra saber como estamos e tudo, acho muito legal a preocupação dela com as pessoas! Mariaé muito nerd, entende tudo com muita facilidade, sem ao menos prestar atenção na aula, mais ela não é daquelas filhas da puta que não nos ajudam, ela ama ajudar os outros.


Betina: ola, meu nome é Betina, e eu não faço a menor ideia do que falar sobre mim - risada - por isso esta ai as opiniões de Maria e Geórgia sobre mim:
''Uma pessoa muito decidida, carinhosa, corajosa, e amiga acima de tudo! Uma das pessoas que mais amo e confio na vida'' - Maria.
''Uma vadia louca, filha da puta, que não vale um tustao! te amo sua vadia do sexo!'' - Geórgia.
Mas apesar das opiniões diferentes, em uma coisa elas concordam, dizem que sou ''bipolar'', ou melhor, sempre dizem, que sou muito bipolar, não sei se isso é bom ou ruim, mas tento levar no melhor jeito Betina de ser!

sábado, 3 de abril de 2010

Capitulo I.

Hoje é nosso primeiro dia de aula, estamos fodidas e com o cu na mão, porque além de estarmos fazendo o 3º ano do ensino médio em um colégio novo, esse ano, estamos morando sozinhas em uma cidade nova e maior do que a qual morávamos.

Essa cidade é muito mais legal, muito mais linda e mais badalada; moramos em um apartamento não muito grande e com poucos moveis, afinal não somos ricas e temos que pagar alem do apartamento, o colégio que é muito caro, mas por nossa sorte o apartamento não fica muito longe do colégio, da para ir caminhando tranquilamente, e ainda chegar la lindas e absolutas!

Estamos nessa nova cidade a duas semanas, eu já consegui emprego em um jornal como fotografa, estou mega feliz, porque fotografar é o que eu mais gosto de fazer; a Ge está trabalhando com uns cachorros lá, ela recebe pra passear com eles, não sei o nome do trabalho dela, e nem porque ela faz isso, sendo que ela não gosta muito de animais, mas ela tira uma grana legal, que ajuda muito a nos sustentar; a Ma esta trabalhando de secretaria em um consultório de dentista, e um trabalho maneiro, e tudo a ver com ela, afinal ela adora se relacionar com pessoas, sem contar que ela recebe mais que eu e a Ge;

Passamos essa noite acordadas, pedimos três pizzas e coca-cola, ficamos ouvindo musica e tentando imaginar como seria essa nossa vida, como seria o pessoal do colégio, as festas, como seria tudo, caralho, era muita ansiedade, e a hora não passava, que bosta; ficamos conversando, relembrando de como éramos idiotas na sétima série, ai que saudades daquele tempo,não estávamos com um pingo de sono, e a conversa estava muito boa, que até esquecemos de prestar atenção na hora que não passava, e para nosso azar, quando resolvemos ver a hora, já eram 6:00 da manhã, nossa aula começava as 7:00 hrs, tínhamos que sair de casa no máximo 6:30, que porra! Fomos correndo nos arrumar, tomamos banho quase juntas, precisávamos tirar aquele cheiro de pizza amanhecida, arrumar cabelo, se maquiar, colocar uniforme, odeio ser menina bosta!

Eu: que porra meu! hoje que tínhamos que ir lindas pro colégio para deixar uma boa impressão sobre nós, e nos atrasamos, que azar!
Geórgia: ai que bosta cara, eu perdi meu uniforme!
Maria: calma meninas, a pressa e inimiga da perfeição...
Eu: vai te foder Maria!
Geórgia: vai te foder Maria!

A Maria sempre tem essas porras de falar coisas pra nos deixar bem, nunca funcionam! Saímos de casa correndo, cara mal nos arrumamos, e muito azar pra apenas três garotas, azar maior e encontrar o idiota do Fred na entrada do colegio, fala serio, o que ela estava fazendo ali?!

'abre um parênteses'
Frederico, namoramos por um ano e meio, faz mais ou menos seis meses que terminamos, nunca mais nos falamos, hoje ele esta com uma outra guria, uma loira sem graça, magrela, com um cabelo ruim, o nome dela era Paola, nunca gostei muito desse nome, é nome de vadia; ele foi o único garoto que eu amei de verdade, ele me ensinou muita coisa, eu confiava inteiramente nele, foi muito triste a forma como acabou, eu sofri muito, espero nunca mais passar por tudo aquilo!

Quando o vi travei, fiquei sem piscar, ele estava rindo com uns garotos que devem ser escroto como ele, e com o uniforme do colégio, Geórgia e Maria ficaram me olhando sem entender nada, eu deveria estar com uma cara de bosta assustada, não sei como mais consegui falar friamente, ainda sem me mexer...

Eu: que porra que o Fred ta fazendo aqui no colégio? - eu não conseguia tirar os olhos dele.
Geórgia e Maria: O QUE? - gritaram, mais assustada que eu.

Não era possível que aquele filho da mãe também tinha mudado de cidade, ou pior, pra mesma cidade, e pra mesma escola que eu, fala sério, como posso ser tão azarada.

As meninas gritavam perguntando onde ele tava, se eu tinha certeza que era ela, onde ele tava, se ele tava com a loira magrela, e eu não conseguia falar nada; depois de um tempo parada continuei andando, elas vieram atrás de mim, eu deveria estar parecendo um zumbi devido a noite sem dormir, a correria e ao susto. Tivemos que passar por ele para entrar no colégio, eu nem tive coragem de olhar pra cara daquele viado, mais depois que passamos por ele a Maria tinha certeza que ele me viu e me reconheceu, segunda ela, ele ficou me olhando, foda-se, não ligo para aquele ridículo!

Fomos até o edital para ver qual era nossa sala, e depois fomos direto para a sala, o sinal já havia tocado, nem tivemos tempo de ver quem estaria na nossa sala; nós sentamos no fundo da sala, eu e a Ge sentamos na parede das janelas, a Ma sentou na fileira do lado, não conhecíamos ninguém na sala, e até então nenhuma garoto tinha me despertado a atenção.

As duas primeiras aulas era de Física, o professor era o Mark, achei o nome interessante, e o professor me pareceu bem simpático, quer dizer, no primeiro dia de aula todos os professores parecem simpáticos pra ver se conseguem te manter interessado na escola ou na matéria o resto do ano. o Mark ficou falando a aula toda, sobre a física na vida dele, sobre como era bom estudar física, e essas coisas, eu não estava muito animada, nem prestei muita atenção, e eu sai tão correndo de casa que esqueci de pegar meu celular, eu não estava com sono, não podia ouvir música e não tinha nenhuma menino bonito na sala, que belo começo de ano.

Quando tocou o sino para a segunda aula, eu já estava entendia em ouvir aquele professor falando, a Geórgia estava desenhando, ela sempre estava desenhando, a Maria estava olhando fixamente para o professor, ela não parava de olhar para ele, parecia enfeitiçada, imaginei que ela estivesse dormindo olhando para a cara dele, mais nem me importei muito; aos poucos foi entrando mais gente na sala, quero dizer, mais garotos na sala, todo mundo que já não estava prestando atenção no professor direcionou os olhares e as atenções para os garotos que estavam entrando na sala, ai sim me deu vontade de ficar naquela aula, cada garoto bonito, eu deveria estar com uma cara de idiota olhando para aqueles deuses entrando na sala, a Ge e a Ma deveria estar com a mesma cara, só mudamos a expressão quando o Fred entrou na sala, não podia ser verdade aquilo tudo que estava acontecendo, eu queria morrer na hora!

Ainda bem que o Fred não me viu, ou fingiu que não me viu! Passei o resto da aula deitada na carteira, não queria que ninguém me visse também. Aqui nessa escola temos seis aulas por dia, e um intervalo a cada duas. Bateu o sinal para o intervalo, sai da sala sem falar nada, as meninas vieram atrás de mim.

Geórgia: caralho, isso só pode ser perseguição, não acredito que ele ta morando aqui, nem estudando no mesmo colégio que tu, e muito menos na sua sala, cacete, que porra é isso!
Maria: acho que isso é o destino, acho que o destino de vocês é ficar junto, só pode meu, só pode!

Não acredito que a Maria falou aquilo! Respirei fundo e as ignorei. Porra, sai de casa tão rápido que nem trouxe dinheiro; resolvi dar uma volta no pátio pra ver o pessoal de colégio, que bosta, só tinha patricinha, que nojo, odeio essas meninas cu doce! Mas em compensação tinha muitos meninos bonitos, muitos nerds, mais a maioria dos meninos eram bonitos, esse colégio precisava de alguma coisa boa.

A Maria foi no banheiro se ver no espelho, ela adora se arrumar, ao contrário de mim e da Ge; nós duas fomos perto da quadra e sentamos por lá em uma muretinha com uma visão muito boa, dava para achar quem você quisesse de lá. Estavamos quietas, como eu disse, a Ge não era muito de conversar, e ela respeitava meu momento, ela sabia que eu não estava muito bem. De repente quase caio da mureta com uma vóz sussurrando no meu ouvido.

!: você por aqui então.

Fechei os olhos e torci para que não fosse o escroto do Fred, olhei para trás, que porra, porque aquele filho da puta tinha que vir falar comigo ein? ai que porra! Tentei fazer uma cara de paisagem, como se nada estivesse acontecendo. Voltei a olhar para a frente, e fingir que estava interessada em ver o pessoal que estudava naquele novo colegio, ta, na verdade eu nao estava nenhuma pouco interessada naquele pessoal futil daquele colegio escroto, eu so queria ignora-lo. Nem reparei que a Georgia nao estava mais sentada do meu lado, que vadia!

Eu: pois é - respondi BEM friamente.
Fred: nao sabia que voce estava morando aqui - falou enquanto sentava do meu lado.

Sera que ele pensou que so porque eu mudei de cidade, de escola, eu esqueceria tudo que ele me fez passar? Que otario. Nem tive vontade de responder, simplismente ignorei, ainda sem olhar para ele.

Fred: sinto sua falta sabia - pude sentir que ele olhou para mim.

Fiquei sem saber o que dizer, eu tambem sentia a falta dele, mais nunca que eu falaria isso pra ele, que canalha, porque ele estava fazendo isso comigo? Ja nao basta tudo que ele me fez passar, ai que raiva que tenho desses garotos, o que eles tem na cabeça, fala sério! Por sorte bateu o sinal.

Eu: que bom - falei em um tom de irônia enquanto pulava do murinho em que estava sentada e olhava fixamente para a cara dele com um sorriso sarcástico no rosto, e fui diretamente pra sala.

Maria e Geórgia entraram na sala logo depois de mim, a Ge sabia respeitar o momento de cada um, não ficava fazendo perguntas, sabia quando a pessoa queria ficar na ela, ja a Ma não sabia nada disso, chegou na sala já me enchendo de perguntas, eu só dizia que não estava afim de falar, quando o Fred entrou na sala, sem eu querer ou perceber meu olhar se cruzou com o dele, ele sentava do outro lado da sala, mais ou menos na minha direção, e então naquela hora eu pude perceber que ele já estava inturmado com o bonitões da sala, nossa, que bosta. Não consegui prestar atenção nas outras aulas, e fiquei sentada na porta da sala no outro intervalo; na saída o Fred passou por mim e sorriu, eu olhei bem pro olho dele fiz não com a cabeça e a abaixei, eu não queria acreditar naquilo tudo.

No caminho para casa fui calada, e a Maria ficava falando que eu não deveria ficar pensando no Fred, que ele já é passado, que eu deveria tentar esquecê-lo e dar oportunidade pra mim mesma me apaixonar novamente e mais um monte de bosta que eu não fiz muita questão de ouvir, por um lado ela estava certa, mais foda-se, não queria pensar naquilo agora, eu estava morrendo de fome e com saudades da minha mãe, pois é, sou uma frouxa, mais eu sinto muito a falta da minha mãe.

Chegamos no prédio, subimos no elevador, e eu nem tinha reparado que tinha um cara lindo do meu lado, tudo que aconteceu naquela manhã me deixou muito desligada, quando percebi que a Geórgia estava me olhando com aquela cara de 'sua idiota, se liga, tem um homem muito gato perto de você', ela fazia essa cara como ninguém! Eu, disfarçadamente olhei para o lado, e pensei comigo 'DAI-ME FORÇAS SENHOR!' que deus grego era aquele, fiquei chocada, mais acho que ele não percebeu nada, estava com fones de ouvido, encostado na parede do elevador, de olhos fechados, ainda bem, porque eu devo ter feito uma cara muito escrota quando vi ele!

O elevador parou no nosso andar, e aquele deus grego desceu, caraca, no nosso andar, ele bem que poderia estar indo para o nosso apartamento, mais é óbvio que ele não foi para o nosso apartamento, ele entrou na porta ao lado da nossa, pelo menos uma coisa boa naquele dia, TÍNHAMOS UM VIZINHO LINDO DE MORRER! Entramos em casa, todas com cara de quem havia sido beijada pelo Jesus Luz da Madona.

Maria: que vizinho mais lindo do mundo, como não o vimos antes por aqui? - disse enquanto sentava no sofá abraçada com uma almofada.
Geórgia: fala sério, com um desses eu casava - ela sempre foi contra o casamento, quando raramente ela falava isso era porque ficou realmente encantada pelo cara.

Nós três rimos, jogadas no sofá, parecíamos crianças! Estava tudo muito bom, sonhando com aquele vizinho, até lembrarmos que tínhamos que fazer o almoço e ir trabalhar, que bosta! Como faz falta ter uma mãe que está com a comida pronta quando você chega em casa! Depois de reclamarmos que estávamos morrendo de preguiça e que não queríamos cozinhar decidimos comer misto quente, a Ge foi fazendo enquanto eu a Ma nos arrumávamos para ir trabalhar, afinal o trabalho da Ge era o mais tranquilo, começava quase sempre no meio ou no fim da tarde.

Comi o lanche correndo, e fui para o trabalho, depois de dois ônibus cheguei, trabalhar me relaxava um pouco sabe, eu amava o meu trabalho, então aquilo me fazia esquecer de tudo, e isso era muito bom. Chegando lá a minha chefe Dona Guilhermina me chamou na sala dela, eu não tenho medo dela, pois ela sempre foi muito simpática comigo e sempre elogiou meu trabalho, apesar de fazer só uma semana que estou trabalhando lá;

Guilhermina: Betina minha queridíssima, eu queria te apresentar o Hugo, ele vai sair fotografar com você, editar as fotos juntos, escolher elas e essas coisas, ele vai ser seu companheiro de trabalho...

É óbvio que eu não ouvi quase nada do que ela falou, aquele Hugo me era muito familiar, mais eu não conseguia lembrar da onde eu o conhecia, cacete, odeio quando isso acontece, mais eu tinha certeza que o conhecia, certeza!

Hugo: prazer Betina! - falou estendendo a mão - belo nome em!
Eu: obrigada - falei enquanto sorria e o cumprimentava.
Guilhermina: hoje eu quero que vocês saiam na rua e fotografem coisas que acharem interessante, qualquer coisa, e quero que vocês aproveitem para se conhecerem, afinal, vão estar sempre juntos daqui em diante.

Dona Guilermina saiu da sala dizendo que tinha de resolver alguns problemas. Enquanto eu separava minha câmera, a sala ficou silênciosa, ele não parecia muito confortável, deveria estar um pouco nervoso coitado.

Eu: tem sugestão de um lugar para tiramos fotos 'interessantes' - dei uma risadinha, precisava quebrar um pouco o gelo poxa.
Hugo: ah, depende do que é interessante pra ti - e sorriu simpático, que sorrizinho mais lindo!
Eu: que tal irmos para o centro, dai a gente vai andando sem rumo, pra ver o que dá!
Hugo: por mim tudo bem! - ele sorriu de novo, e eu ja estava ficando encantada.

Saímos do escritório do jornal, pegamos o ônibus e fomos para o centro da cidade, que por um acaso era bem grande. Começamos a andar sem rumo, conversando, cada um com sua câmera e tirando foto de várias coisas. Andamos a tarde toda, e deu para saber muita coisa sobre ele.

'abre um parênteses'

Hugo, 17 anos, mora com o irmão mais velho, esta solteiro no momento, diz que não tem muita sorte com as garotas, sem contar que por causa do seu estilo, acham que ele é gay, mais eu adoro o estilo dele, me acabo com esses garotos estilosos! Há, ele estuda no mesmo colégio que eu, no terceiro ano também, eu deve ter o visto lá, por isso tive a impressão de que ja o conhece-se. Ele é muito fofo, e muito querido também, sem contar que é lindo pra caramba, minha sorte estava mudando!

Hugo: onde você mora?
Eu: moro umas oito ou dez quadras pra baixo do nosso colégio, sentido sul, porque?
Hugo: quer que eu te acompanhe até em casa? quero dizer, acho que não vamos mais voltar ao escritório né, e ja esta escuro, é perigoso uma garota tão bonita andando sozinha na rua.

Quase morri quando ele falou aquilo, que lindo, além de tudo é cavalheiro, eu estava mais encantada ainda.

Eu: é... aceito, claro... se não for encômodo! - eu estava muito boba, ai que idiota!

Ele apenas sorriu, e fomos seguindo para minha casa, que ja não estava tão longe dali. Conversamos um monte, não sei da onde tiramos assunto. Chegamos no meu prédio e meu vizinho bonito também estava chegando, eu me despedi apressada do Hugo, queria pegar o elevador junto com meu vizinho, eu poderia puxar papo com ele, ou sei lá, o fato de estar no mesmo elevador que ele eu ja estaria toda feliz. Mal dei tchau pro Hugo e fui correndo para dentro do prédio, e aquele deus estava lá esperando o elevador, parei ao lado dele e fiquei esperando também, entramos no elevador, ele fez um gesto bem cavalheiro para que eu fosse na frente, eu agradeci, ai, eu estava quase pulando de emoção.

!: é minha vizinha certo? - falou e sorriu meio inseguro.
Eu: é, acho que sou - tentei falar tranquilamente, como se eu não me importasse muito com aquilo.
!: Bruno!
Eu: Betina.
Bruno: seu nome só não é mais bonito que você! - falou enquando desencostava da parede para descer do elevador que estava abrindo as portas.
Eu: obirgada... - respondi sem jeito, CARACA! eu queria muito gritar, ele estava me chavecando, realmente minha sorte havia mudado!

Entrei no apartamento correndo, fiz um som qualquer para ver se havia alguém em casa, mais nada. Comi alguma fruta na cozinha, fui para meu quarto, liguei o notebook, fui ver meu orkut, um recado do Fred, meu coração acelerou, minha boca secou, o que será que ele queria.

Fred: 'não faz isso comigo'

Meu pai, eu estava sem reação, é lógico que eu não consegui responder o recado, mais o que ele quis dizer com 'não faz isso comigo', porque ele estava fazendo tudo aquilo comigo. Logo entrei no orkut dele pra ver se ele ainda estava com a loira nojenta, não tinha mais nenhuma foto deles, e não havia nada escrito no relacionamento do orkut dele; será que ele se arrependeu de tudo, terminou com ela, e quando me viu hoje quis voltar atrás? Não consigo entender, não consigo. Fechei o note, tomei um banho, e fui logo deitar, nem vi que horas eram, mas deveria ser cedo, e não quis esperar as meninas chegarem.

No outro dia de manha acordei e elas ja estavam tomando café.

Eu: é Bruno o nome dele - disse enquanto me espreguiçava na sala de frente pra mesa onde elas estavam sentada.
Georgia e Maria: Bruno? ha? - se entreolharam com aquela cara de 'acho que ela esta drogada!'
Eu: nosso vizinho bonito, o nome dele é Bruno.
Maria: o que? como assim? como voce sabe o nome dele? - ela estava com uma cara muito medonha, sono com espanto, foi bem estranho.
Georgia: é... como voce sabe? que isso garota, conta TU-DO!
Eu: ah, ontem quando eu tava voltando pra casa, subi no elevador com ele, ai ele se apresentou, me chavecou, e so.
Georgia e Maria: SO? como assim, SO? nosso vizinho lindo te chavecou e tu fala que foi SO isso?

Elas ficaram la falando qualquer merda desse tipo, enquanto eu comia uma fruta e me arrumava pro colégio, eu ainda estava meio em choque com tudo que havia acontecido, e nem estava afim de me arrumar muito. Fomos para o colégio, no caminho eu contei sobre o Hugo, e elas ja começaram a falar que ele estava a fim de mim, todo garoto que fala comigo esta afim de mim segundo elas, contei tambem do Fred, e passamos o resto do caminho chingando ele e a loira idiota da Paola.

Chegamos no colégio e fomos direto para a sala, nao quis olhar para a cara de ninguém. A primeira aula era vaga, alguns meninos sairam para fumar ou se masturbar, eu quis ficar dentro da sala mesmo, como a maioria da sala. Como ja era de se esperar o bonitoes da sala ja vieram falar com a Georgia, ela sempre encanta esses garotos.

!: que loirinha linda em - falou um pegando e cheirando o cabelo dela, eu estava rindo deitada na carteira, a cara que o garoto fez foi muito escrota. A Maria continuava desenhando, ela nunca parava de desenhar.
Georgia: pf... - fez um som qualquer mai sou menos assim, e sorriu com um cara de 'que babaca'.

Esses garotos sentaram perto da gente e começaram a puxar assunto, eu nao ouvia nada, fiquei olhando pro Fred do outro lado da sala que estva ouvindo musica com fonde se ouvido encostado na parede, enquanto umas vadias tentavam chamar a atençao dele, que sena mais escrota! So fui voltar a prestar atençao na conversa dos bonitoes com a Ge quando eles falaram de uma festa no fim de semana, quis perguntar pra ela mais sobre a festa mas eu estava com preguiça.

A segunda aula foi uma bosta também, eu estava odiando aquele colégio e tudo que estava acontecendo. Bateu o sinal para a segunda aula, eu estava na porta da sala quando alguém me puxou pelo braço, me assustei, e nao consegui ver quem era.

!: oi Betina - falou ofegante
Eu: oi... é, oi - respondi confusa
!: Hugo, se lembra?
Eu: aaaaah claro! que vergonha, voce me pegou de supresa Hugo, desculpa - nossa, o garoto do meu trabalho, eu tinha esquecido que ele estudava aqui.
Hugo: ei, acho que sou da sua sala - falou rindo.
Eu: sério? nao reparei muito no pessoal da minha sala.
Hugo: eu sento na frente de um garoto com o cabelo preto, ah o Fred, acho que voce nao o conhece.

Fiquei chocada, ele era amigo do Fred, e logico que eu nao o veria na minha sala, eu so conseguia ver o Fred, mais que bosta cara!

Eu: ah, conheço sim, e que pena que voce é amigo dele - falei com um sorriso meio triste e sai.

Por sorte a muretinha em que eu estava sentada ontem, hoje estava vazia novamente, sentei la, ja que eu tinha me perdido das meninas mesmo, e tinha esquecido dinheiro de novo. Hoje o Fred nao veio falar comigo, mais ficava me encarando do outro lado do patio. Esse intervalo passou rapido pra caramba, fui para a sala e as meninas ficaram perguntando onde eu tava e essas coisas, falei que estava por ai, eu tava com uma puta preguiça de falar.

A terceira e quarta aula era Ed. Fisica, como eu odiava essa aula. Fomos para a quadra, podia jogar o que quisesse e quem quisesse, eu nao quis, fiquei sentada a aula inteira, mais foi bom, a Georgia me destraiu falando do bonitao da sala aque se chamava Renan e que iria dar uma festa nesse fim de semana, ele convidou nos tres, e pelo jeito a festa seria muito boa.

Na quarta aula, a professora fez uma atividade muito idiota conosco de 'socializaçao' tivemos que ficar correndo e nos abraçando, foi bem estranho, eu evitava ao maximo abraçar o Fred, as vezes ele vinha ao meu encontro e eu ignorava, logo depois ela nos deixou novamente livres para jogar qualquer bosta. O Hugo veio falar comigo.

Hugo: me desculpa por hoje no intervalo.
Eu: desculpa por que?
Hugo: eu nao sabia que o Fred era seu ex, e que voce se sentia mal quando falava dele.
Eu: eu não me sinto mal.
Hugo: não precisa mentir pra mim, ou se voce quiser pode ate mentir pra mim, mais nao minta pra você mesmo - disse e saiu.

Que merda, porque ele veio falar do Fred? E quem disse que eu fico mal quando falo dele? Não ligo mais para aquele viado! Quem eu estava tentando enganar, que porra.

O resto daquele dia foi uma chatisse, como estava sendo todos os outros, muito diferente do que eu esperava com essa 'mudança de vida', e a mesma chatisse o o resto da minha semana, não aconteceu nada muito fora do normal, continuei indo para o colégio, trabalhando com o Hugo, rindo com a Ge e a Maria, foi tudo muito normal, a não ser que cada dia a Georgia estava mais próxima do Renan, a Maria tinha virado amiga de um garoto da nossa sala, ele é super quieto, não sei como ela conseguiu se socializar com ele, mais enfim, o nome dele é Gabriel, mais ninguém conhece ele por esse nome, o conhecem por apenas 'Biel', o Fred não veio mais falar comigo, eu não respondi aquele racado estranho dele, e nem ele me mandou mais, apenas ficávamos trocando olhares na sala, eu nunca consegui fugir do olhar daquele viado, quando ele fixa os olhos em mim, eu sempre tenho a impressão que ele esta me desafiando para ver se eu sou forte o suficiente para encará-lo, e eu não consigo nem pensar em fugir desses duelos, o incaro com toda força que possuo, mas sempre somos interrompidos.

Sexta-feira, 19:45 da noite, eu estava chegando do meu trabalho, e tive a sorte de pegar o elevador com meu vizinho gato, nossa, precisava daquilo para dar alguma alegria pro meu fim de dia!

Bruno: oi Betina! - sorria enquanto dizia.
Eu: ooooi... - devo ter ficado um século falando oi, eu estava boba, mais não conseguia me controlar, e caramba eu esqueci o nome do filho da mãe, ai ai, como é, como é...
Bruno: tudo bem com você? - o sorriso dele brilhava cada vez mais que ele mostrava aqueles lindos dentes!
Eu: tudo sim, e com você? - UFA! falei sem gaguejar eu acho.
Bruno: estou melhora agora né! - risos discretos, e ele tem o olhar safado mais fofo que eu já vi, não sei como um olhar safado pode ser fofo, mais o dele é! Eu não sabia o que dizer, então quis apenas sorrir, vai que eu falasse alguma merda.

O idiota do elevador resolveu chegar no nosso andar, tava tão bom lá dentro com o... BRUNO! é esse o nome dele!

Bruno: tchau vizinha, até mais - jogou um beijo. É, ele me jogou um beijo, morri três vezes.
Eu: tchau Bruno, até! - ah sou foda né, lembrei o nome dele!

Cheguei no apartamento sorrindo, estavam todas as luzes acesas, e eu ouvia vozes, de homem, nós não estávamos esperando visita, odeio quando acontece isso! Segui em direção ao quarto da Maria, era de lá que saiam as vozes, e eu não consegui identificar de quem era, que agonia. Antes de chegar no quarto falei bem alto:

Eu: MARIA? É VOCÊ QUE ESTÁ AI?
Maria: SOU SIM! VEM CÁ BÊ! - ela dizia e ria.

Entrei no quarto, tinha um garoto sentado na cama com ela, a Maria sempre foi tão certinha, quem era aquele garoto?

!: BETINA! - disse abrindo os braços para me abraçar - quanto tempo garota!
Eu: ooooii... - bosta, gaguejei novamente, e o abracei também.

Eu deveria estar com uma super cara de 'quem é você que eu não lembro de nunca ter visto na vida?', tanto que acho que a Maria percebeu e já foi me lembrando...

Maria: Be, lembra do meu irmão? O Murilo? Ele sempre nos enchia quando estávamos na sétima série!
Eu: NOOOOOOOSSA, claro que lembro! MUUURILO! - o abracei de novo - como você ta diferente garoto! Meu Deus, quanto tempo!


Murilo, 20 anos, irmão mais velho da Maria, sempre tirava sarro da gente, ficava falando que éramos feias, e que nunca íamos arruma namorado, a gente odiava ele, e o jeito que ele conseguia deixar a gente mal, é, ele não era um bom irmão rs.

Eu: mais e ai, veio aqui pra falar pra gente que somos feias e não vamos arrumar namorado? - nós três rimos muito.
Murilo: na verdade eu estava falando com a Maria de ficar um tempo aqui com vocês até eu achar um lugar para morar.

O quê? Como assim ficar um tempo aqui? Ele pirou? A Maria pirou? Só posso estar etendo um pesadelo! AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

Maria: é, ele conseguiu um emprego aqui, mas ele não tem onde ficar por enquanto, e vai ser por pouco tempo, além do mais, a gente quase não vai ver ele, porque ele vai estar trabalhando né... - ela falava com aquela vós manipuladora dela, e carinha de meiga, odeio quando ela faz isso!
Eu: mas temos que ver se a Ge concorda também né?!
Murilo: gente, pelo amor, se eu for atrapalhar deixa pra lá, eu me viro, falo que começo a trabalhar só depois que eu arrumar um lugar pra ficar...
Eu: cala a boca Murilo! - ops! mandei ele calar a boca, que cagada, mais aaaah, ele fica ai fazendo tipinho, se fazendo de coitadinho, coé!
Maria: nossa Betina, você ta bem? - acho que eu assustei ela hihi